13 clipes de artistas negros lançados durante a quarentena

Guilherme Soares Dias e Heitor Salatiel

Canções de amor, sobre tesão e  isolamento da quarentena ganharam imagens e se eternizaram em clipes que foram lançados nos últimos três meses em que o mundo vive o isolamento social imposto pelo novo coronavírus. O Guia Negro fez uma seleção de 13 clipes lançados por artistas negros independentes e consagrados nesse período. Confira:

1 – Me diga – Tássia Reis

O clipe da rapper Tássia Reis traz imagens captadas por Bruno Cons, João de Souza Neto, Melina Hickson e também do arquivo pessoal da Tássia. Com imagens na vertical e lançado em 21 de junho, mostra a cantora em diferentes cenas, se maquiando, brindando, dando entrevistas, em festas e shows. A música é de Jhow Produz e Tássia Reis fala de equilíbrio, medo e vida.

2 – Inbox – Fabriccio

No último dia 12 de junho, o cantor e compositor capixaba, Fabriccio lançou Inbox, canção que traz novos caminhos possíveis para o afeto. Com leveza e um refrão afetuoso, Fabriccio aposta no poder do afeto para superar os tempos difíceis que vivemos. O clipe traz casais da vida real e foi gravado remoto via celular pelos participantes. A direção é de Mailson Soares e tem idealização e produção geral de Zeferina Produções.

3 – Tomara – Linn da Quebrada feat Davi Sabbag

O clipe traz um remix da música Tomara com efeitos vapor wave (colagens de imagens). A canção fala das preliminares durante o sexo “tomara que no rala e rola tenha muito mais do que o entre e sai”. Lançado em abril já passou dos 400 mil views no Youtube.

4- Amor – Vidalles

O cantor paulistano Vidalles lançou seu novo single “Amor” no dia dos namorados (12). Vidalles têm como influência grandes nomes da música e das artes, tais como: Grace Jones, Jean Paul Goude, Billie Eilish. “Amor” fala das dificuldades de se relacionar e tem como refrão: “O amor jamais me atrapalhou, quem se atrapalhou fui eu” e traz influências circenses no clipe. O artista traz em suas estruturas melódicas uma certa extravagância que revela influências da música pop, dance dos anos 80 e do soul.

5 – Mate todos eles – Baco Exu do Blues

O rapper baiano Baco Exu do Blues é conhecido por seus clipes certeiros. Em Mate todos eles, o cantor mostra sua genialidade em conseguir compor um disco todo logo no início da pandemia e lançou o clipe da música que tem entre seus versos “fala bem me divulga, fala mal me divulga”. As imagens em preto e branco são mais amadoras e menos emblemáticas do que as de “blues man”, mas mantem a qualidade do trabalho visual.

6- “Se Foi” – Yoún

Lançado em 19 de junho “Se Foi” fala sobre as idas e vindas de um casal preto. Dentro de inúmeras questões, ela fala sobre momentos felizes vividos, quebra de vaidades e correr atrás do que se ama de fato. Yoún é um dos expoentes do R&B nacional. O clipe foi produzido por Julio Raposo e composta pelos integrantes do YOÙN (Gian Pedro e Alisson Jazz) com colaboração de Luan Neves.

7 – Quem tem amigo tem tudo – Emicida participação de Zeca Pagodinho e Tokyo Ska Paradise Orchestra e Prettos

O clipe traz a inovação de imagens de animação, inspiradas no desenho da década de 80 Dragon Ball Z além de Zeca Pagodinho no rap. A música que começa com “Alô Madureira, Alô bateria, Ô sorte” poderia ser uma letra de samba. Emicida aparece apenas em animação. A produção é bastante interessante.

8 – Cubana – Bivolt

A cantora Bivolt traz o clima de disputa do velho oeste para o clipe de Cubana. As imagens trazem cenas de estrada, de brigas em um bar, de festa e parece um curta-metragem pela qualidade da narrativa. Lançado em 14 de maio pela Som Livre foi gravado antes do início da pandemia do coronavírus.

9 – GirlGang – Fenda

Cinco cantoras negras dividindo um rap melody com classe, roupas elegantes e um fundo branco. Laura Sette, Mayra Maia, Iza Sabino, Paige, DJ Kingdom e Tamara Franklin são as artistas que formam o grupo. Elas são da cena do hip hop de Belo Horizonte, foram escolhidas para a abertura do show de Criolo na capital mineira e seguiram juntas. A direção e o roteiro do clipe lançado em março são de Celina Barbi.

10 – Tô Presa Em Casa – MC Rebecca

“Tô presa em casa Cheia de tesão querendo uma sentada braba doida pra encontrar os contatinhos que me ligava”, começa a canção Tô Presa Em Casa. O clipe mostra a cantora em pose sensuais e um relacionamento homoafetivo pela internet. Lançada em 25 de abril, a produção é dirigida por Higor Cabral.

11 – Canto da Liberdade – Caio

A música verbaliza a desconstrução do cantor Caio em busca de si mesmo. Já o videoclipe é inspirado nos sentimentos experimentados na quarentena. “Como estamos nos sentindo por dentro? Eu vivencio altos e baixos emocionais diariamente. Meus amigos, familiares e pessoas que tenho conversado também. A maioria de nós está tentando entender o que se passa em nosso íntimo nessa mudança súbita de rotina: esse foi nosso ponto de partida”, comenta. A produção, feita em casa, teve direção de Felipe Sassi.

12 – Pretinha – Taslim

A carioca Taslim lançou “Pretinha” que mostra um amor entre duas mulheres negras. Além de cantar ela toca teclado/piano e lançou sua primeira canção “Pretambulando” em 2017. “Não me vejo fazendo outra coisa”, diz ela, sobre ser cantora.

13 – Sem Limites – Ludmilla & Vitão

Ludmilla traz o sucesso do Tik Tok Sem Limites. Dançante, a imagem traz o funk ostentação que não deixa ninguém ficar parado e nem sem cantar a música chiclete que fala, entre outras coisas, em menage. Dirigido por Phill Mendonça, o clipe foi lançado em 15 de maio.

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Redação

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