Cais do Valongo, no Rio, vai ganhar museu sobre escravidão

O Cais do Valongo, no Rio, o porto que recebeu o maior contigente de pessoas escravizadas das américas, vai ganhar um museu sobre escravidão. O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou, ao lado da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que vai apoiar a construção do espaço de memória.

“O museu vai marcar uma reflexão necessária sobre a chaga da escravidão”, disse Mercadante, durante a posse no BNDES. A ministra Anielle Franco já informou que o afroturismo será pauta da sua gestão e já articula junto a Embratur e Ministério do Turismo a promoção de destinos ligados a cultura e história negra.

Localizado na região central da capital fluminense, o Cais do Valongo recebeu cerca de 1 milhão de pessoas escravizadas. Redescoberto na época das obras para as Olimpíadas do Rio, o local é considerado patrimônio mundial pela Unesco. Ainda assim, recebe pouca atenção dos órgãos públicos e já sofreu alagamento durante chuvas intensas no Rio.

A região composta ainda pela Pedra do Sal e Instituto dos Pretos Novos é conhecida como Pequena África e conta com experiências turísticas realizadas por diversas empresas. O Guia Negro possui uma parceria com a Sou Mais Carioca para passeios na região.

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Redação

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