Cais do Valongo, no Rio, é lugar de visita obrigatória, indica ativista antirracismo

A fundadora do Instituto Identidades do Brasil (IDBR), Luana Genot, é a convidada do programa Guia Negro Entrevista, que vai ao ar no Youtube do Catraca Livre desta semana, e afirma que o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, é local de visita obrigatória. “Sou apaixonada. Me sinto parte desse lugar”, ressalta.

Carioca, nascida e criada na zona norte do Rio, Luana diz que não conhecia a região até fazer uma corrida do “Sim, a Igualdade Racial” em 2015, que saiu da Lapa até o Cais do Valongo. “Tinha historiadores contando histórias dos lugares arquitetados por pessoas negras e que pouca gente sabia. Ao final da corrida parou no Cais”, lembra.

O local foi um dos maiores portos de pessoas escravizadas vindas da África. “Você sente algo naquele lugar. A memória dessas pessoas que trouxeram suas narrativas, que muitas vezes são negligenciadas e violentadas, e representam essa resistência, sabedoria e força para prosseguirmos”, ressalta.

Ela defende a preservação do sítio arqueológico, que é considerado patrimônio da humanidade pela Unesco. “Precisa ser valorizado por nós. Ir aquele lugar, visitar, tocar aquelas paredes, que mesmo mudas contam tanto da nossa história. Ali chegaram os nossos ancestrais, chegou boa parte das mãos e cabeças que construíram o Brasil”, diz, citando ainda a importância do Cemitério dos Pretos Novos.

Apresentado por Guilherme Soares Dias, o programa tem produção de Heitor Salatiel e direção de Rodrigo Portela. A quarta temporada do #guianegroentrevista é uma parceria da Terra Preta Produções e da Catraca Livre.

 

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Redação

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