A 43ª Noite da Beleza Negra, que ocorreu no sábado, 13 de janeiro, na Senzala do Barro Preto, sede do bloco afro Ilê Aiyê, em Salvador, elegeu como ‘Deusa do Ébano 2024’ a empresária Larissa Valéria, 29 anos, que é moradora do Curuzu para reinar no ano em que o bloco, sediado no bairro, comemora seus 50 anos.
Com o tema ‘Vovô e Popó, com a benção de Mãe Hilda Jitolu. A invenção do Bloco Afro. Ah, se não fosse o Ilê Aiyê!’, o ‘Mais belo dos belos’ comemora 50 anos de existência. Um olhar de celebração do passado e visão para o futuro marcou a noite que teve a apresentação de Arany Santana, Val Benvindo e Sandro Telles, e direção de Elísio Lopes Jr, que se despediu do espetáculo após 10 anos. Além do show da Band´Aiyê, Carlinhos Brown e Baiana System foram artistas convidados para o grande marco do primeiro e mais tradicional bloco afro.
Também participaram Taís Araújo, Samuel Assis, além de blocos afros convidados como o Magia Negra, de Belo Horizonte. O evento foi transmitido pela TV Brasil e TVE Bahia e teve na plateia a presença do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), da ministra da Cultura, Margareth Menezes, além de artistas como Liniker, Regina Casé, entre outros.
Seguindo a proposta de celebrar a história do bloco, todas as Rainhas de anos anteriores foram convidadas para participar do cortejo de abertura. A vencedora recebeu o título de Dalila dos Santos Oliveira, rainha de 2023. Lorena Xavier Silva Santos, candidata de Itapuã encantou público e jurados com sua dança e oratória, mas acabou ficando em segundo lugar.
A vencedora, Larissa Valéria, levou a Senzala do Barro Preto abaixo com uma grande torcida gritando seu nome. “Foi de arrepiar, super, hiper, mega, emocionante. Foi uma vibração de dentro para fora que foi sentida pelos tambores do bloco afro Ilê Aiyê, foi surreal. Dei meu melhor e consegui emocionar”, relata a empresária.
A nova ‘Deusa do Ébano’ vai participar do Carnaval 2024 e dos shows do bloco pelo Brasil e pelo mundo ao longo do ano. A tradicional saída do bloco ocorre em 10 de fevereiro, o sábado de carnaval. As concorrentes são avaliadas por seu conhecimento e posicionamento sobre matriz e estética africana, pela graça e arte de dançar.
Larissa atua no ramo da beleza, com um empreendimento voltado para tranças e megahair que fica no próprio Curuzu. Ela também é dançarina, coreógrafa e tem duas filhas as quais chama de “herança da vida”. Esta foi a terceira vez que concorreu ao título de Deusa do Ébano e acabou consagrada como a grande vencedora. A empresária entrou na disputa com outras 100 mulheres até chegarem nas últimas 15 candidatas que participaram da Noite da Beleza Negra.
LEIA MAIS:
