Black Money: oito maneiras de praticar no dia a dia (brancos também podem)

Como fomentar a economia da comunidade preta – mesmo sem gastar dinheiro – por meio de ações e escolhas de consumo

Vivemos numa economia extremamente concentrada. Alguns poucos empresários brancos dominam as grandes empresas de varejo fazendo com que alimentos*, roupas, eletrodomésticos, celulares, e a maioria das necessidades de consumo ainda não esteja nas mãos de empresários e empresas pretas.

Mas nem tudo é varejo. Quando se fala em consumo, há toda uma rede de empreendedores e empresários que podem suprir boa parte de nossas necessidades se racionalizamos nosso modo de consumo e alguns comportamentos podem impactar no progresso econômico da nossa comunidade. Confira oito maneiras simples de contribuir com o desenvolvimento da economia da comunidade negra:

1 – Compartilhar vídeos e posts no Facebook/Instagram/Twitter

Uma atitude simples que impulsiona a produção de conteúdo e representatividade afrobrasileira na internet. Produtores gastam tempo e dinheiro para impulsionar seu conteúdo, por isso compartilhar uma matéria de um jornal preto ou o novo vídeo de um artista negro em uma rede social é uma forma efetiva de praticar black money.

2 – Compras programadas

Muitas pessoas não conseguem programar e organizar suas compras diárias, pois muitas vezes a compra é motivada pelo preço e a comodidade. Por isso, é importante tomar a decisão de adotar o black money nas comprar programadas. Compras programadas tem uma motivação específica e permitem ter um tempo de consideração, como um presente no dia das mães ou se programar para comprar roupas numa determinada época do ano. Estes são momentos ideais para a prática do black money.

3 – Prestação de serviço

Contratar um prestador de serviço é um tipo de compra programada. É possível ponderar e escolher um profissional levando o princípio do black money em consideração. Peça indicação de amigos e parentes, faça um post no Afrotrampos, e sempre que possível escolha profissionais pretos.

4 – Deixe comentários e revisões positivas

Você leu bem: não é sobre deixar comentários mas sim, deixar comentários positivos. Na maioria das vezes que somos bem ou mal atendidos não registramos uma reclamação ou crítica. Lembre-se que black money é uma escolha de vida e de relações comerciais. É mais valioso para um afroempreendedor uma crítica construtiva em privado do que uma exposição pública. Pois isso, deixe comentários apenas se forem positivos e estará praticando black money influenciando outros consumidores a escolherem aquele produto ou serviço.

5 — Sempre dê like e inscreva-se em canais e páginas pretas

As redes sociais e plataforma tem seus critérios de organização e distribuição de conteúdo baseado no engajamento do público. Quando assistir algum vídeo ou canal preto e o Youtuber te chamar a se inscrever no canal, ative o sininho, pois esse simples gesto aumenta o alcance e a monetarização do conteúdo. Black money garantido.

6 – Compartilhar notícias e oportunidades em grupos de Whatsapp e redes sociais

Esta é uma forma eficiente de hackear o sistema e criarmos nossos redes de distribuição de informação. Quando compartilhamos uma oportunidade de bolsa de estudos ou uma vaga de trabalho estamos aumentando o alcance e a assertividade da informação de graça.

7 – Participar de pesquisas remuneradas online no Painel BAP

Participar das pesquisas do Painel BAP é uma forma perfeita de praticar black money. Respondendo as pesquisas, além de impactar no mercado, você fortalece uma startup preta. Ao receber uma recompensa e optar por receber dinheiro, produto ou serviço de afroempreendedores na BAP Stores, fomenta o afroempreendedorismo e seus parceiros.

8 – Guardar dinheiro

O início da prosperidade coletiva da nossa comunidade é o sucesso econômico individual. Por mais difícil que possa parecer, guardar dinheiro, economizar, investir é essencial para o futuro de nossas famílias. Se educar financeiramente, ter uma reserva financeira, tudo isso também é black money. Black money é acima de tudo uma escolha, uma reflexão que impacta em atitudes transformadoras que mudarão nosso destino enquanto povo.

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Originalmente publicado pelo Painel Bap.
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Redação

O Guia Negro faz produção independente sobre viagens, cultura negra, afroturismo e black business

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