A cidadã do mundo Rebecca Aletheia, ao percorrer por cidades estados e países como Tadjiquistão, Moçambique, Malawi e Tanzânia escreve cartas à si mesma com relatos riquíssimos de suas experiências e vivências. Dessa experiência, surge o livro “EscreVIVER – Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo”, que está sendo está lançando. A obra traz uma narrativa alegre, emocionante, comovente de forma bem comunicativa e agitada.
Com sensibilidade e gana pela vida, Rebecca passeia pelas mais diversas culturas e países e vai nos trazendo sentir a força, a magia e o encantamento das cores. Se os seus dias estiverem cinzentos e embaçados, percorrer os relatos de vai te ajudar a resgatar o brilho e a vivacidade do cotidiano. E foi por meio de mulheres negras, a sua metade nordestina que abraçaram o livro e me encorajaram a publicar assim como realizar todo o processo. O livro foi produzido 100% independente e por mulheres negras.
A autora brinca com os diversos formatos e formas sensoriais que as cartas, mensagens possam chegar ao leitor e trouxe o livro em diversas formas, são elas: O livro será lançado na forma física, e-book, áudiobook (versão Youtube) com o intuito de democratizar o acesso à pessoas que não tem a prática de leitura, assim como poder entregar à Moçambicanos, Tadjiques, Malawianos suas histórias e por fim um livro em formato de Scrapbook, onde os manuscritos estão em formato de cartas e os leitores terão que abrir uma à uma.
O processo
Nascemos “livres” e realmente parece que o mundo nos coloca essa tal barreira que, mesmo invisível, existe e de uma forma brutal por meio do racismo, machismo, sexismo e classe vai nos imobilizando. Costumo dizer que me permitir IR, cruzar todas essas barreiras que nos são impostas já é um grande ato, é romper com tudo aquilo que nos impõe de não sermos merecedoras. Acredito também que sou a continuação da minha história familiar de rompimento, de percorrimento, compreendo que o caminho se torna um pouco mais leve, porém, ainda continuo a olhar a minha volta e não ir sozinha, pois onde passa uma, passam duas, três, quatro e quantas preciso for para rompermos com todas essas formas de opressão.
“Não pensava em publicar o livro e por diversas vezes eu fazia por mim e não pelos outros, foi nesse momento em que ao reler as minhas cartas quis compartilhar relatos nunca compartilhados antes para o mundo, uma parte do que vi e vivi.”, diz Rebecca Alethea, viajante nata.
O livro já foi lançado em lugares como Roma Negra, em Salvador, A Casa do Nando, no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o lançamento é nesta sexta (29), às 20h, no Aparelha Luzia, na Rua Apa, 78.
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