O documentário Luiz Gama na Pequena África une as histórias de Luiz Gama, jornalista, poeta, advogado abolicionista, e da Pequena África, local histórico no Rio de Janeiro conhecido por abrigar africanos e descendentes que chegavam à capital. A proposta da obra lançada no último dia 28 de janeiro é provocar reflexões sobre o período escravagista no país e estimular o público a conhecer a região, que fica na Zona Portuária da cidade.
Gravado em cinco pontos da Pequena África, que também é um circuito cultural: Largo de São Francisco da Prainha, Pedra do Sal, Cais do Valongo e da Imperatriz, Cemitério dos Pretos Novos e Morro da Conceição, o documentário conta com a participação dos atores Deo Garcez e Soraia Arnoni, que interpretam Luiz Gama e sua mãe Luísa Mahin, atuante nas revoltas dos Malês e da Sabinada, respectivamente. Inicialmente, o projeto realizaria o espetáculo Luiz Gama: uma voz pela liberdade na Pequena África, no entanto, em conformidade com os decretos municipais da Cidade do Rio de Janeiro, que restringiram uma série de ações presenciais ou híbridas, em decorrência do aumento de casos de contágio do Covid-19, fez-se necessária a sua readequação para outro formato: um mini documentário com entrevistas com o historiador e pesquisador Gabriel Siqueira, Soraia Arnoni, Deo Garcez e o diretor Ricardo Torres.
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