O que fui fazer em Manaus

Por Stephanie Ribeiro

[qodef_dropcaps type=”normal” color=”#000000″ background_color=””]D[/qodef_dropcaps]esde que Tulio (meu parceiro) e eu, resolvemos ir para Manaus, toda vez que contávamos nosso destino de final de ano, pessoas perguntavam: Mas o que você vai fazer em Manaus?

Isso!

Manaus é uma cidade histórica, capital do Amazonas, na região Norte, uma das mais populosas do Brasil e também uma das que tem o IDH mais baixo, mesmo cercada de flora e fauna abundantes. Além disso, todo nosso roteiro ficou muito em conta (fizemos tudo planejadinho). As partes mais caras de fato são a passagem e hospedagem, mas com agências de viagem você pode conseguir descontos e pacotes.

Manaus me gerava curiosidade e, por isso, foi a minha escolha de destino para o final do ano e não me arrependo nem um pouco. O Brasil tem dimensões continentais e conhecer outras regiões é praticamente adentrar numa realidade totalmente diferente ao mesmo tempo que conectada com nossas mais profundas raízes. Por isso, acho importante a gente sair das rotas prontas e se aventurar a conhecer outras realidades do nosso próprio país. Resolvi escrever um roteiro do que fiz, pesquisei e gostei para incentivar quem quer fazer desse seu destino de férias:

Manaus é uma cidade histórica, capital do Amazonas, na região Norte, uma das mais populosas do Brasil e também uma das que tem o IDH mais baixo, mesmo cercada de flora e fauna abundantes. Além disso, todo nosso roteiro ficou muito em conta (fizemos tudo planejadinho). As partes mais caras de fato são a passagem e hospedagem, mas com agências de viagem você pode conseguir descontos e pacotes.

Manaus me gerava curiosidade e, por isso, foi a minha escolha de destino para o final do ano e não me arrependo nem um pouco. O Brasil tem dimensões continentais e conhecer outras regiões é praticamente adentrar numa realidade totalmente diferente ao mesmo tempo que conectada com nossas mais profundas raízes. Por isso, acho importante a gente sair das rotas prontas e se aventurar a conhecer outras realidades do nosso próprio país. Resolvi escrever um roteiro do que fiz, pesquisei e gostei para incentivar quem quer fazer desse seu destino de férias:

Onde dormir?

Qual hotel ficar?

Muitas pessoas (do Sul/Sudeste) quando pensam em Manaus já pensam logo em: floresta. E acreditam que a melhor coisa seria se hospedar num hotel no meio da mata. Eu antes de ir, perguntei para um amigo e ele me disse que ficar na cidade não me impediria de ter outras experiências ao longo da viagem. E de fato, não impossibilitou. Ficar num hotel no centro, além de mais barato, me fez ter acesso a tudo que queria fazer, desde passeios até mesmo barzinhos, restaurantes e áreas culturais.

Passar um dia ou mais num flutuante

Assim que cheguei em Manaus uma pessoa me recomendou o Flutu, flutuante aconchegante que tem capacidade de até 20 pessoas. Nele, é possível ter uma outra experiência de vivência numa casa em cima do rio. Em Manaus existem muitos espaços assim e é mágico estar tão próximo da água. Ele está localizado entre a Marina Rio Belo e a Praia do Passarinho. Para chegar lá, é preciso fazer a reserva e depois ir até a Marina do Davi. O trajeto até o Flutu pela Marina de Davi fica R$ 5 por pessoa, cada trecho. Além disso, da Marina do Davi é possível fazer transporte de barco para vários lugares (os preços não passam de R$ 15)

Para mais informaçoes sobre acesse: https://www.instagram.com/f.l.u.t.u/

Viagem de barcos

Uma prática comum em Manaus são as viagens de barco para cidades da região como Santarém, Alter do Chão e até Belém. Os barcos saem do Porto de Manaus e é possível ir na rede ou nos quartinhos com cama que tendem a ser um pouco mais caros. Durante o passeio, é possível ver toda a fauna e a flora e vivenciar a maneira como os manauaras costumam viajar. No trajeto, há interaão com outros barcos e comércio de produtos de vendedores que passam pela sua embarcação. No Porto de Manaus há pessoas vendendo essas viagens na calçada, mas também é possível entrar em contato antes. Aqui você confere o contato de agências que costumam fazer esse tipo de rota:

http://www.artransporte.com.br/

http://amazonexplorers.tur.br/?u=iberostar-amazon-ship

O que conhecer na cidade?

O Mercado Municipal Adolpho Lisboa:

Vale a pena ir até o Mercado Municipal, que fica em frente ao porto. Lá é possível comprar alguns artesanatos, ervas para banhos, farinhas diversas (a de tapioca é meu xodó) e tomar o açaí e x-caboclinho (pão com tucumã, banana da terra e queijo coalho).

Endereço: Rua dos Barés, 46 — Centro, Manaus

Dias e horários de funcionamento: de segunda a sexta-feira das 8h às 17h. Sábado das 9h às 15h | Fechado: todos os domingos.

Voltei andando do Mercado para o Hotel, e foi possível passear pelo centro, conhecer alguns Museus como a Pinacoteca de Manaus (Praça Heliodoro Balbi, S/N — Centro, Manaus — AM, 69005–260. Horário: 09:00–14:00).

Tomar café na Feira Eduardo Ribeiro:

Vale lembrar que de domingo existe uma feira que vende uma série de produtos e comidinhas regionais, essa feira é na Avenida Eduardo Ribeiro. É a via que liga a área próxima ao Porto de Manaus com a área do Teatro Amazonas.

Endereço: Av. Eduardo Ribeiro, 537 — Centro.

Dias e horários de funcionamento: domingo das 8h às 12

Teatro Amazonas:

O passeio é incrível. Só acho importante demarcar que o dinheiro para financiar todo aquele luxo veio da exploração da borracha, com trabalhadores que viviam em condições desumanas num trabalho de servidão.

Endereço: Largo de São Sebastião, s/n.

Horário das visitas: Das 9h às 17h — Toda 3 terça-feira a visita é gratuita (demais dias por R$ 10).

Tempo: 25 minutos

Minha próxima dica é:

O Museu do Seringal:

O Museu do Seringal foi criado para ser cenário do filme “A Selva”. Hoje, há um espaço que simula toda a organização de um seringal. É possível ver nesse espaço como existia uma contradição entre a riqueza do patrão e a total miséria e insalubridade que viviam os seringueiros. Para ir até o Museu do Seringal é só pegar um barco na Marina do Davi (os mesmos que vão para a praia da Lua), e custa R$ 12 para ir e R$ 12 para voltar.

Horário das visitas: Abre todos os dias, das 9h às 16h.

Reserva Florestal Adolpho Ducke:

A Reserva Ducke fica no extremo norte da capital, que abriga tanto o Jardim Botânico de Manaus e o Museu da Amazônia (Musa). Além de trilhas guiadas você sobe um mirante de 42 metros e a cada etapa I vai avistando a mata. No topo, é possível de um lado ver a cidade e do outro a copa das árvores.

Horário: aberto de terça à domingo, de 8h às 12h e de 13h às 16h30. Entrada gratuita.

Largo do Museu do Amazonas:

A maioria das fotos que vi do Museu da Amazônia, mostravam-no totalmente isolado. Quando cheguei, percebi que na frente dele tem uma grande praça cheia de acontecimentos. É possível ir em restaurantes, sorveterias, bares…. Simplesmente sentar e ver um filme enquanto crianças se divertem com bicicletas. É bem prazeroso passar o final de tarde ali. Chegava depois dos passeios cansada, tomava banho e ia para esse espaço. Por isso, ali foi a principal região que circulei nessa viagem e recomendo alguns locais para quem gosta de experimentar a gastronomia local.

Onde e o que comer?

Entre eles, estão: Tacacá da Gisela (caldo de tucupi), Casa da Pamonha (X-Cabloquinho), Sorveteria Barbarella (sorvete de açai, cupuaçu, de cajá e de tucamã), Bar do Armando (boteco), Casa do Pensador (risoto com tucumã), Caxiri Manaus (espuma de tucama), Tambaqui de banda (tambaqui de banda).

Quais passeios fazer?

A minha dica é: feche os passeios na cidade. Quando entrei em contato com a primeira empresa de Manaus, eles me disseram que tudo era acertado somente na hora.

Quais eu indico:

O pacote de passeio para ver os encontro das águas, botos, vitórias régias e comunidades indígenas.

O passeio inclui a ida de lancha até o encontro das águas, parada em comunidades ribeirinhas que vendem artesanato, almoço num flutuante, caminhada num trajeto da floresta que te leva até as vitórias régias. É possível ver macaquinhos enquanto caminhamos. Confesso que achei super desconfortável nadar com os botos e também a visita a comunidade indígena pois beira o exótico. Não fiz as atividades, mas nenhum dos passeios deixa de passar por esse circuito.

Almoço non Flutuante

O pacote para as cachoeiras de Presidente Figueiredo.

Ida a duas cachoeiras e uma gruta, além do almoço. Todos os pacotes vão te levar para as mesmas cachoeiras, em Presidente Figueiredo, que conta com mais de 159 cachoeiras, sendo apenas 49 delas catalogadas.

Os preços variam entre R$ 150 e R$ 200 por pessoa.

O pacote para Anavilhanas.

Anavilhanas é um paraíso de várias ilhas cercadas de rio, onde é possível ver a fauna e a flora com o mínimo de intervenção humana possível. Existe um hotel na região que é maravilhoso, porém bem mais caro:

http://www.anavilhanaslodge.com/wordpress/o-hotel/

Outra dica é : ir nas prainhas de água doce. Por incrível que pareça, não existem pacotes específicos para algumas prainhas, mesmo os locais sendo lindos e praticamente vazios. A praia que os manauaras mais frequentam é a da Ponta Negra. Outras indicadas são: Praia da Lua, Praia do Tupé, Praia do Japonês, Praia do Amor e Praia de Paricatuba, onde existem ruínas de um antigo leprosário.

Essas são dicas que te farão voltar avaliando a viagem como renovadora, como aconteceu comigo. Banhar-me no Rio Negro, sentir-me plena diante de tanta natureza e perceber o quão rico é meu país foi algo que me marcou. Então, para quem perguntou o que fui fazer em Manaus? Me reencontrar comigo mesma, me reconectar, e realizar um sonho de avô para neta.

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Redação

O Guia Negro faz produção independente sobre viagens, cultura negra, afroturismo e black business

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