A vereadora por São Paulo Erika Hilton (PSOL) é a entrevistada da semana do Guia Negro Entrevista. Na infância, a parlamentar já tinha espírito de liderança e a vó relatou ela que já brincava de ser presidente da República. Quando questionada se tem vontade de ser candidata a cargos do executivo, ela diz que “vislumbra essa possibilidade” e que essa disputada com outras pessoas brancas e cisgênero é necessária.
Erika diz que a escolha do seu nome foi um “processo no susto” e uma outra travesti que trabalhava com ela nas ruas disse que “precisava de um nome com axé” e assim o fez. Do período na prostituição, a vereadora diz que carrega tudo que vivenciou e leva esses aprendizados e vivências para a Casa de Lei. Para ela, o grande desafio da esquerda no governo de Jair Bolsonaro é “refundar o Brasil”.
No campo pessoal, a vereadora diz que ainda está aprendendo a se relacionar e que é preciso “ser quem se é” para ser feliz dentro de um relacionamento. Erika diz que tem medo de como será sua velhice e que há uma preocupação se as pessoas ainda irão gostar dela velha. “Também tenho medo da morte, apesar de tê-la vencido muitas vezes”, admite.
Sobre o lugar que todo mundo precisa conhecer, ela responde que é Salvador, apesar de nunca ter visitado a capital baiana. Já a pergunta clássica do programa, sobre o que é ser um corpo negro no mundo, Erika afirma: “é sabedoria, garra, ciência e muita dor. Uma mistura de sentimentos”.
O Guia Negro Entrevista é realizado pela Terra Preta Produções, tem apresentação e roteiro de Guilherme Soares Dias, produção de Heitor Salatiel, direção de Rodrigo Portela, imagens de Tiago Guilherme Silva, com trilha de Boris Reine Adelaide e design de Grida.
Acesse a playlist do Guia Negro Entrevista para conferir os outros vídeos do programa: https://bit.ly/GuiaNegroEntrevista
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