Ser nômade digital ainda é privilégio branco, aponta pesquisa

Ser um profissional independente de localização pode ser incrível. Beber piña colada em uma praia, explorar o mundo enquanto trabalha e viver em seus próprios termos são algumas das vantagens desse estilo de vida. Mas pesquisa aponta que esse ainda é um privilégio branco, uma vez que 70% dos nômades digitais são brancos, segundo pesquisa da Passport Photo Online.

A composição racial dos nômades digitais é a seguinte:

Brancos: 70%

Afro-americanos: 14%

Hispânicos: 7%

Asiáticos: 7%

Outros: 2%

Além disso, os homens são mais propensos do que as mulheres (59% x 41%) a buscar o nomadismo digital. A maior parte tem formação universitária, com aproximadamente 72% tendo pelo menos um diploma de bacharelado e 33% com um diploma de mestrado.

Quase 61% dos nômades digitais são casados: 31% dos parceiros dos nômades digitais casados viajam com eles em tempo integral, e 38% deles viajam em tempo parcial. Além disso, apenas 26% dos nômades digitais têm filhos menores de idade. Desses, 59% não viajam com eles.

No aspecto político, a maioria dos nômades digitais (52% dos homens e 73% das mulheres) tem opiniões políticas progressistas.

Quando a COVID-19 começou a causar estragos em 2020, o número de nômades digitais aumentou quase 50% em relação a 2019. Atualmente, quase 10,2 milhões de pessoas se consideram nômades digitais – pessoas que viajam e exploram enquanto trabalham – e esse número só tende a aumentar, uma vez que cerca de 24 milhões de pessoas planejam se tornar nômades digitais nos próximos 2 a 3 anos – um aumento de 20% em relação a 2020.

Os nômades digitais são uma mistura de trabalhadores em tempo integral (71%) e em tempo parcial (29%), sendo que a maioria (85%) está satisfeita ou muito satisfeita com seu trabalho. O salário médio mensal dos nômades digitais é de US$ 4.500 (pensando que a maior é de europeus e norte-americanos).

Para sustentar o estilo de vida nômade, 36% trabalham como freelancer para várias empresas, 33% têm os seus próprios negócios, e 21% trabalham como funcionários regulares apenas para uma empresa. As despesas essenciais dos nômades digitais incluem moradia (US $1.000), transporte (US $211) e alimentação (US $409).

A Indonésia é o destino que está no topo da lista para os nômades digitais, seguida pelo México, Tailândia, Espanha, Colômbia e Portugal. Ao escolher um destino, as considerações mais importantes dos nômades digitais são internet confiável, bom tempo, baixo custo de vida, visto fácil ou nenhum visto necessário, além de atrações do destino.

A maioria dos nômades digitais preferem ficar em hotéis (51%). E o resto inclui a casa dos amigos/familiares (41%), Airbnb (36%), carro/van/trailer (21%) e albergues (16%).

Em média, os nômades digitais ficam em 3 a 4 países. Para 88% dos nômades digitais, o nomadismo digital teve um grande impacto positivo em suas vidas.

Uma análise demográfica dos nômades digitais:

Milênios (Geração Y): 44%

Geração X: 23%

Geração Z: 21%

Baby Boomers: 12%

Trabalhos que os nômades digitais fazem:

Os nômades digitais trabalham em uma ampla variedade de campos, incluindo:

TI: 19%

Serviços criativos: 10%

Educação e treinamento: 9%

Consultoria, coaching e pesquisa: 8%

Vendas, marketing e relações públicas: 8%

Finanças e contabilidade: 8%

Cerca de 85% dos nômades digitais estão satisfeitos ou extremamente satisfeitos com seus trabalhos.

Os nômades digitais trabalham em média 46 horas semanais.

Aqui está os diferentes trabalhos que eles fazem:

Trabalhar como freelancer em várias empresas: 36%

Ter seu próprio negócio: 33%

Trabalhar como funcionário regular para apenas uma empresa: 21%

Consultoria para uma empresa: 5%

Cerca de 77% dos nômades digitais usam tecnologia para obter uma vantagem competitiva no trabalho.

Outros 76% dos nômades digitais têm maior probabilidade de adotarem primeiro a tecnologia do que os não nômades (36%).

64% do trabalho dos nômades digitais requer treinamento especializado, educação e/ou conhecimento.

Quanto que os nômades digitais viajam enquanto trabalham:

1–3 meses: 65%

3–6 meses: 14%

1+ ano: 11%

6–12 meses: 10%

Quanto tempo os nômades digitais ficam normalmente em um lugar:

Varia: 27%

1–2 semanas: 22%

Menos de uma semana: 17%

3+ meses: 12%

3–4 semanas: 11%

1–2 meses: 11%

As 6 razões principais de viver de estilo de vida nômade digital são:

Possibilidade de viajar constantemente

Vivenciar culturas diferentes

Conhecer os locais

Visitar lugares com melhor custo de vida

Viver um estilo de vida mais simplificado

Conhecer pessoas que pensam da mesma forma

Os maiores desafios para os nômades digitais são:

Incapacidade de se desligar do trabalho

Incerteza

Solidão

Potenciais dificuldades financeiras

Cooperação e comunicação

Estar motivado

55% dos nômades digitais poupam para a aposentadoria. No entanto, 65% estão preocupados ou muito preocupados em poupar para a aposentadoria.

Os nômades digitais estão cada vez mais jovens. No entanto, as faixas etárias mais velhas ainda estão bem representadas, com 29% com 45 anos ou mais e 11% com 60 anos ou mais.

Em geral, metade das pessoas (54%) planejam continuar com o estilo de vida nômade pelo menos nos próximos dois anos. No caso de prestadores de serviços autônomos, esse número sobe para 69%.

Cerca de 48% dos nômades digitais planejam passar pelo menos algum tempo fora do seu país no próximo ano, sendo que 52% pretendem ficar exclusivamente no país.

O número de VanLifers – nômades digitais que viajam, vivem e trabalham em trailers, van e outros veículos convertidos em residências itinerantes – aumentou 37% em 2021, chegando a 2,6 milhões.

Desafios do nomadismo:

Cerca de quatro em 10 nômades digitais (41%) afirmam que o seu estilo de vida afeta a habilidade de manter relacionamentos românticos. Em média 40% dos profissionais independentes de localização sentem-se muitas vezes ou sempre sozinhos.

Aproximadamente 83% dos profissionais independentes se sentem culpados por tirar folgas ou se desconectarem do trabalho. Um total de 77% dos nômades já sofreram de esgotamento no trabalho pelo menos uma vez, sendo os empreendedores (80%) os mais afetados por esta epidemia.

Cerca de 77% dos nômades pensam em sua estabilidade financeira, com os trabalhadores remotos (84%) aparecendo mais preocupados com isso, superando visivelmente os empreendedores (71%) e os trabalhadores autônomos (75%).

Aproximadamente 84% dos nômades digitais já enfrentaram desafios com impostos pelo menos uma vez.

Medo de ficar por fora (ou FOMO, em inglês Fear Of Missing Out) não é brincadeira. As estatísticas mais recentes mostram que cerca de 56% de todos os usuários de mídia social sofrem com isso.

Independentemente dos desafios, 94% pretendem continuar o seu estilo de vida nômade no próximo ano ou futuramente.

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Redação

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