Rota da Liberdade organiza passeios para quilombos e tem trabalho reconhecido mundialmente

Programa cultural e turístico de mapeamento da diáspora africana no Vale do Paraíba, em São Paulo. É assim que a Rota da Liberdade se define e desde 2006 realiza atividades nos quilombos do interior paulista. Solange Barbosa é a fundadora e foi indicada em 2020 pelo Global Shakers como uma das 40 líderes do turismo responsável por lutar por tornar as viagens mais sustentáveis e benéficas tanto para as pessoas quanto para o meio ambiente.

Solange conta que ficou honrada e feliz com a homenagem e também entendeu como uma responsabilidade de continuar o trabalho. “Quero dar cada vez o melhor de mim”, afirmou. A fundadora da Rota da Liberdade lembra que já prestou consultoria para a Unesco e tem trabalho de longa data no afroturismo, que foi mudando de nome ao longo dos anos. Foi chamado de turismo étnico, turismo étnico-afro até chegar na atual denominação. “Sempre trabalhei com turismo de base comunitária, principal espaço são os quilombos”, reforça.

Quando leva as pessoas para conhecer áreas quilombolas, centros de resistência de pessoas negras que criaram esses espaços como refúgio da escravização, Solange diz que quer transformar esses espaços em parceiros. “Não quero vendo como zoológicos”, diz. Hoje, ela trabalha com o Quilombo da Caçandoca e da Fazenda.

Quando criou não queria vender quilombo como espaço de zoológico e sim transformar quilombo em parceiros, tive isso com quilombo da caçandoca, quilombo da fazenda. “Temo uma caminhada gratificante.  Esses reconhecimentos mostram que estamos no caminho certo. E, percebemos que só vamos avançar se estivermos todo mundo junto. Nós, como descendentes de africanos, sempre trabalhamos em rede. Nó,s como diáspora, precisamos continuar esse legado que nos foi passado”, ressalta. Em 2009, ela já tinha sido reconhecida como um dos dez melhores projetos de geoturismo pela Revista National Geografic.

No site da Global Shakers, Solange é descrita assim:

“Solange Barbosa é uma especialista em turismo étnico e cultural sediada no Brasil, enraizada nas comunidades locais.

Desde 2006, é CEO da Rota da Liberdade, um projeto cultural e turístico que mapeia a diáspora africana no estado de São Paulo. Desenvolvido em 18 cidades da região do Vale do Paraíba, o programa teve forte foco em eventos artísticos e culturais para destacar a cultura africana e afro-brasileira.

Ao mesmo tempo, ela ocupou vários cargos em nível institucional. Foi coordenadora de Atividades Culturais do Centro de Cultura Afro Brasileira e da Biblioteca Zumbi dos Palmares, voltada para a preservação e divulgação da Memória Afro-Brasileira em Taubaté, São Paulo.

Solange está há 8 anos como consultora da Unesco. Desde 2012, ela trabalha no Programa Científico da Rota dos Escravos, com especialização em ‘turismo de memória’. Tem sua própria agência de viagens, a Sol Barbosa Turismo e Cultura, que oferece programas de Desenvolvimento Turístico e Cultural em Taubaté, São Paulo.

Desde 2017 também é diretora de Turismo da ECCO Brasil, por meio da qual é responsável pela Diretoria de Turismo da Câmara de Comércio Brasil – África.

É formada em história e ciências sociais pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo”.

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Redação

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2 comentários

  1. Que interessante ❤️ Não conhecia, me chamou a atenção o nome, pois conheço uma iniciativa de turismo quilombola com o mesmo nome Rotas da Liberdade no Recôncavo Baiano, em Cachoeira.

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