Museu da Cultura Hip Hop RS está com agenda de visitação e workshop aberta

O Museu da Cultura Hip Hop RS afirma ser o primeiro da América Latina dedicado ao movimento e conta com uma ampla estrutura para a celebração, preservação e resgate histórico da cultura hip hop. O espaço estima receber mais de 30 mil visitações no ano de 2024. A visitação é totalmente gratuita.

Com quase seis mil itens de acervo físico e digital sobre a história do hip hop gaúcho, o Museu da Cultura Hip Hop RS conta com salas expositivas, atelier de oficinas, café, loja, estufa agroecológica, biblioteca, estúdio musical, multipalco e a Quadra Petrobras. São quase quatro mil metros quadrados, localizados na Vila Ipiranga em Porto Alegre.

Os corredores do Museu também apresentam exposições permanentes sobre a Construção Nacional da Cultura Hip Hop. Registros fotográficos do processo de criação do Museu se misturam aos graffitis de Jackson Brum e Chimia. Já nos degraus da escadaria, que liga os dois andares da casa, apresenta trechos de letras de hip-hopers gaúchos.

Localizado na Rua Parque dos Nativos 545, Vila Ipiranga, em Porto Alegre, o Museu fica aberto de quarta-feira a domingo, das 9h às 12h e das 14h às 17h, inclusive aos feriados. Neste período acontecem as visitas agendadas e
livres. Toda visita agendada é guiada por mediadores (artistas da cultura hip hop), que conduzem o grupo com explicações sobre as mostras em cartaz.

As visitas livres são abertas ao público, não sendo obrigatório agendamento. As visitas guiadas para escolas e instituições também incluem experiências práticas relacionadas aos cinco elementos do hip hop – graffiti, breaking, MC, DJ, e conhecimento. Como os guias do Museu são artistas da cultura hip hop, os visitantes
têm a oportunidade de participar de um workshop na segunda parte da visitação.

Na primeira hora de visitação, as exposições são apresentadas, durante cerca de 1h15. Após a visita, um pocket show embala o intervalo que antecede a segunda parte do passeio. Neste segundo momento, workshops baseados nos cinco elementos do hip hop acontecem. De forma que o público tem a opção de participar, durante 1h15, das atividades propostas pelos guias.

Quadra Petrobras
A artista Gugie é quem assina a empena da Quadra Petrobras, localizada na área externa do Museu. Gugie contou com a curadoria de Tio Trampo, e convidou nove grafiteiros locais: Moxa, Skilo, ALN, Triafu, Jaque Vieira, Dm.tinta, Bina, Dana Luz e Shap Paint que auxiliaram na pintura da empena e deixaram seu legado artístico nos muros que circulam a quadra, compondo uma grande exposição de graffiti a céu aberto. Todos receberam
formação e treinamento em NR35, além de exames médicos e seguro saúde, qualificando-os para futuros trabalhos em altura.

A grafitagem da empena recebe o nome de Leia-se, e é a maior pintura feita com andaime fachadeiro do Rio Grande do Sul, com 360 metros quadrados pintados por 300 litros de tinta e 50 latas de spray. Com 300 metros quadrados, a Quadra Petrobras será palco para competições esportivas que farão parte do calendário
de atividades do Museu, a partir da divulgação do PROGRAMA VEM PRO MUSEU.

Biblioteca Divilas
Abrigando uma diversificada coleção de obras, a Biblioteca Divilas visa proporcionar um ambiente propício para pesquisa, educação e aprofundamento nos temas pertinentes à cultura hip hop. Um centro de aprendizado, incentivo a leitura, a pesquisa acadêmica e a promoção da educação, bem como à preservação e disseminação do conhecimento literário relacionado à cultura hip hop.

Estúdio DEEJAY ONLY JAY
O Museu conta com um estúdio de música profissional, que busca oferecer recursos para gravação e produção musical gratuitos, bem como se tornar um centro de aprendizado e inspiração para a comunidade hip hop. Estão previstos workshops, masterclasses e eventosespeciais no espaço.

Multipalco
O Multipalco de 200 metros quadrados conta com arquibancadas para 300 pessoas e piso grafitados por Tio Trampo. O espaço é destinado para atividades multiculturais e eventos ao ar livre que compõem a programação anual do Museu.

Estufa Agroecológica Periférica Flor do Gueto
A Estufa é uma estratégia de sustentabilidade financeira ao projeto e de combate à fome nas periferias. Com foco na plantação de alimentos orgânicos e saudáveis, dentro de uma estrutura de 170 metros quadrados e 21 calhas, tem capacidade produtiva estimada em mais de 1,7 mil mudas por plantio.

A iniciativa tem como objetivo promover oficinas de educação ambiental e de hip hop, distribuindo, também, mudas e brindes aos visitantes. Além disso, os alimentos produzidos pela estufa serão atrelados às cestas básicas doadas mensalmente pelo Programa Hip Hop Alimentação da Casa da Cultura Hip Hop de Esteio.

O nome do espaço é uma homenagem a Malu Viana, conhecida no meio cultural como Flor do Gueto, a ativista e artista falecida é referência nacional das politicas publicas em defesa da periferia dos jovens negros e das mulheres.

Exposições em cartaz
O Museu da Cultura Hip Hop RS conta com dois andares de espaços onde se encontram as áreas de exposições. No primeiro andar, está localizada a “Exposição Permanente”, que apresenta conteúdos como a história do movimento no Brasil e no mundo.

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Redação

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