Trio Afropunk retorna ao Carnaval de Salvador com Psirico, Larissa Luz e encontro inédito

O Afropunk volta a ter um trio no Carnaval de Salvador na quinta-feira (8/2), no circuito Barra-Ondina, para iniciar as comemorações pelos 20 anos de existência desde o manifesto que deu origem ao projeto nos Estados Unidos. O grupo Psirico será o grande anfitrião e terá como convidados especiais: Larissa Luz, Vandal e Lunna Montty.

O desfile do Trio Afropunk no Carnaval de Salvador 2024 também será marcado por um encontro inédito. A folia baiana – reconhecida mundialmente como uma manifestação cultural única e rica em tradições afro-brasileiras – irá receber, pela primeira vez, os elementos afro-caribenhos do Carnaval de Notting Hill, realizado no bairro de Londres, na Inglaterra. A região recebeu um grande número de imigrantes no início do século passado, com destaque para os jamaicanos e outros povos do Caribe, como Trinidad e Tobago, Bahamas e Punta Cana.

A participação do Carnaval de Notting Hill no desfile do Trio Afropunk irá celebrar as afinidades e semelhanças das duas festas, destacando a importância de manifestações afrodiaspóricas. O evento será o primeiro de uma série de iniciativas que buscam promover colaborações culturais e parcerias entre instituições e lideranças culturais no Brasil e no Reino Unido. A iniciativa faz parte da parceria do Afropunk com o British Council.

De acordo com o festival, que se define como uma plataforma global, a escolha dos artistas convidados reflete o compromisso da curadoria do Afropunk em construir experiências que explorem as diversas facetas da produção criativa negra, no Brasil e no mundo, com talentos que já celebraram a potência da diáspora nos palcos do festival e chegam com energia, repertório aclamado pelo público afropunker, e com a promessa de fazer deste mais um dia inesquecível na história do projeto.

Em 2021, o trio do Afropunk desfilou durante dois dias, reunindo o Afrocidade e o rapper paulista Mano Brown, que fez sua estreia no carnaval de Salvador, além de BaianaSystem, MC Cronista do Morro e o bloco afro Muzenza. No segundo dia o BaianaSystem recebeu BNegão, Vandal e a cantora do Ilê Ayiê, Iracema Killiane.

Sobre o AFROPUNK

Antes de se tornar um festival, o Afropunk surgiu como um movimento cultural nos EUA, que tinha como propósito ser resistência dentro de uma comunidade punk rock dominada por pessoas brancas. O lançamento do documentário Afro-Punk (2003), dirigido por James Spooner, foi um pontapé inicial para o movimento. A produção audiovisual narra a história de quatro afro-americanos que viviam o ‘punk rock lifestyle’ no início dos anos 2000. Em 2005, o Afropunk ganhou o formato de festival internacional e multiartístico, no Brooklyn, em Nova York, expandiu as suas possibilidades para abranger novos gêneros musicais – sempre com um Line Up de artistas renomados da música negra e novos talentos.

Hoje, é uma plataforma de conteúdo, referência estética, e um portal de mobilização social presente em 4 continentes. Mas, muito além de um festival, o AFROPUNK é o público, é atitude, é mudança, é celebração. No Brasil, a parceira e investidora do AFROPUNK é a IDW, agência criativa de negócios focados em conteúdo e entretenimento, que realiza o festival em parceria com o time global da plataforma.

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Redação

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